Presidente da CCJ pede a Maia prorrogação de debate sobre denúncia contra Temer
O presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), pediu a prorrogação do prazo para o debate sobre a denúncia contra o presidente da República, Michel Temer (PMDB), e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência). Embora tenha sido solicitado nesta segunda (16), a ação só foi revelada nesta terça (17).
A solicitação pede que a CCJ conte com mais três sessões válidas do plenário da Casa para discutir a peça apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e o parecer pela rejeição da mesma já entregue pelo deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG). O pedido foi feito por meio de carta endereçada ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
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Os deputados integrantes da CCJ começaram a debater nesta terça a denúncia contra Temer e os dois ministros. A reunião começou por volta das 10h30 e as discussões, por volta das 11h. Na primeira parte da reunião, antes do intervalo para almoço, 13 deputados discursaram. Poderão se inscrever para falar os 66 titulares, 66 suplentes e até 40 não-membros --20 a favor do parecer e 20 contra.
O calendário da CCJ prevê a votação do relatório de Andrada até esta quarta-feira (18). O prazo para que as discussões fossem encerradas acabava nesta terça. O regimento interno da Câmara determina que elas ocorram no tempo de cinco sessões válidas no plenário a partir da entrega da defesa dos acusados, o que aconteceu em 4 de outubro.
A vontade do Planalto é de que o parecer seja votado em plenário até o dia 25 e, assim, com um resultado favorável a Temer, Padilha e Moreira Franco, o assunto seja encerrado. Na avaliação do governo, quanto mais se prolongar a tramitação da denúncia na Câmara, maior a necessidade e o custo político de agradar aos deputados para que votem junto ao parecer de Andrada, pela rejeição da peça.
Temer disse, ao deixar a residência do deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), que "nada atrapalha" a votação de amanhã na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara que aprecia a segunda denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República. Ao ser questionado se o vídeo do delator Lúcio Funaro, divulgado no último final de semana, atrapalhava a votação amanhã, primeiro o presidente fez um gesto negando com as mãos. Em seguida, respondeu: "Nada atrapalha". (*Com informações do Estadão Conteúdo)
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