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Manifestantes invadem Assembleia Nacional e atacam deputados na Venezuela

Simpatizantes do governo de Nicolás Maduro invadem a Assembleia Nacional, em Caracas - Juan Barreto/ AFP - Juan Barreto/ AFP
Simpatizantes do governo de Nicolás Maduro invadem a Assembleia Nacional, em Caracas
Imagem: Juan Barreto/ AFP

Em Caracas

05/07/2017 15h00Atualizada em 05/07/2017 17h18

Um grupo de simpatizantes do governo da Venezuela invadiu nesta quarta-feira (5) a Assembleia Nacional, parlamento do país e cuja maioria é de oposição ao presidente Nicolás Maduro, e feriu alguns deputados que participavam de uma sessão por ocasião do Dia da Independência.

"Urgente!! Grupos paramilitares entram na AN! Deputados feridos! Nas fotos @ArmandoArmas", afirmou o parlamentar opositor José Manuel Olivares em uma mensagem que publicou no Twitter com duas fotos nas quais o deputado Armando Armas é visto com sangue na cabeça e em parte de sua camisa.

Posteriormente, o grupo de cerca de 30 pessoas foi expulso por seguranças da Assembleia.

Em sua maioria usando camisas vermelhas, armados com pedaços de madeira e portando fogos de artifício, os manifestantes atacaram a sede do Legislativo durante uma sessão comemorativa dos 206 anos da independência venezuelana. Eles chegaram aos jardins da Assembleia agredindo todos os presentes.

Identificando-se como integrantes do movimento chavista, os agressores bateram com os pedaços de madeira em vários jornalistas, legisladores e outras pessoas que estavam no local. O fotógrafo Cristian Hernández, da Agência Efe, teve seus equipamentos roubados, situação que se repetiu com outros repórteres.

O presidente da Assembleia Nacional, o opositor Julio Borges, contou pelo menos cinco deputados feridos - Juan José Molina, Armando Armas, Américo de Grazia, Richard Blanco e Juan Guaidó - e sete funcionários do Parlamento.

A conta da Assembleia Nacional no Twitter relatou também agressões aos deputados Luis Carlos Padilla, Leonardo Regnault e Nora Bracho.

Embora os manifestantes tenham sido expulsos pelos membros da Guarda Nacional responsáveis pela segurança do edifício, as entradas e saídas do Parlamento permaneciam cercadas pelos manifestantes.